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CRESS-PI realizou Mesa Redonda virtual com tema: Julho das Pretas – a resistência e o protagonismo da mulher negra no Piauí

Dando seguimento às atividades de combate ao racismo, bandeira de luta permanente do Conjunto CFESS/CRESS, o CRESS/PI, por meio da Comissão de Ética e Direitos Humanos, realizou a mesa redonda virtual intitulada “Julho das pretas: a resistência e o protagonismo da mulher negra no Piauí”, no dia 24 de julho.

Para esse bate papo, foram convidadas as Assistentes Sociais Ravena Leite (PÓSAFRO – UFBA), Elaine Nascimento (Fiocruz Piauí) e Joseane Borges (CRESS-PI), além de Assunção Aguiar (COISA DE NÊGO) e Lorena Vieira (ENESSO).

O evento teve mais de 220 visualizações e trouxe a importância da temática do racismo e do empoderamento das mulheres negra, com relatos de vida e discussões que perpassaram desde realidade universitária até o exercício profissional das Assistentes Sociais, passando pelas transversalidades das questões de diversidade, gênero e classe.

 

 

A professora Elaine Nascimento, da FIOCRUZ Piauí, trouxe o papel das mulheres negras na construção do projeto ético político do serviço social brasileiro e também no enfrentamento à pandemia da Covid-19, cumprindo um papel que deveria ser do Estado. Assunção Aguiar ressalta o protagonismo das mulheres em diversos espaços e o desafio de ocupar esses espaços com uma escolha da mulher negra, o direito de decidir.

Ravena Leite, mestrando do programa Pós-Agra da UFBA, trouxe elementos importantes para se discutir a importância do feminismo negro em contraponto ao feminismo eurocêntrico, onde a mulher negra possa assumir posições de poder e assim avançar em políticas públicas específicas para elas. Lorena Vieira trouxe a realidade da juventude negra e universitária, com um relato que aponta das dificuldades do acesso e permanência na universidade, mas também a resistência de ecoar vozes negras em todos os espaços.

Para fechar o debate, Joseane Borges agregou o elemento da diversidade. De acordo com ela, as mulheres negras já sofrem uma dupla opressão com o racismo e machismo, mas as mulheres negras trans enfrentam anda uma terceira opressão: a transfobia. Por isso, no Julho das Pretas é fundamental refletir sobre toda a diversidade das mulheres negras, somando forças para a construção de um mundo sem opressões.